por Portal BrasilPublicado: 12/03/2014 10h19Última modificação: 30/07/2014 03h15
A Reserva Biológica de Poço das Antas,
unidade de conservação federal gerida pelo Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), comemora 40 anos de existência.
Localizada
no município fluminense de Silva Jardim (RJ), foi a primeira reserva
biológica criada no País, com o objetivo de resguardar o ecossistema de
Mata Atlântica costeira, proteger a fauna nativa e preservar espécies
ameaçadas de extinção, como por exemplo o mico-leão-dourado
(Leontopithecus rosalia). O nome tem origem em uma das três propriedades
que constituiu a área da reserva, a Fazenda Poço d´anta, localizada à
margem do Rio São João.
Educação Ambiental e pesquisa
Diferente dos parques nacionais, a
visitação turística não é permitida dentro das reservas biológicas. Já a
visitação com fins educacionais é permitida, desde que acompanhada
permanentemente. Assim, a equipe da Reserva Biológica de Poço das Antas
trabalha em parceira com a Associação Mico-leão-dourado, desenvolvendo
ações de educação ambiental com diversos grupos, principalmente das
escolas e comunidades da região, sensibilizando cada visitante para a
importância da conservação do mico-leão-dourado e da Mata Atlântica.
A Reserva Biológica de Poço das Antas
vem se destacando pela significativa atividade de pesquisa sendo uma das
unidades de conservação mais bem estudadas do país, considerada um
importante centro de referência para o desenvolvimento de pesquisas.
Este processo teve início em 1983, com o projeto para Conservação do
Mico-leão-dourado e o Programa Mata Atlântica, desenvolvido pelo Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, em execução na reserva desde 1992.
Um pouco de história
A história da reserva biológica teve
início em 1967, período inicial da preocupação com a sobrevivência do
mico-leão-dourado. Nesta época foram efetuados voos de helicópteros na
região do Vale do Rio São João para buscar uma área que pudesse abrigar o
mico-leão-dourado e a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus),
espécies que já constavam na lista de animais ameaçados de extinção.
Em 1970, em meio ao plano de valorização
do Vale do São João e a preocupação com a destruição das últimas
florestas situadas nas partes planas da região, em consequência das
obras de saneamento, regularização e irrigação do Vale do São João e a
construção da Rodovia BR 101, fatores que trariam grande risco de
extinção do mico-leão-dourado, foi realizado no ano seguinte, um
inventário para avaliar quais propriedades particulares estariam
inseridas na área que seria destinada para reserva biológica.
Apenas
três anos depois, após pressão da opinião pública internacional e com o
apoio de entidades conservacionistas, o governo federal assinou o
decreto de criação da Reserva Biológica de Poço das Antas.
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